Publicado por Natália Petrin

De nome científico Valeriana officinalis, a planta valeriana pertence à família das Valerianáceas, e pode ser encontrada também com os nomes de valeriana silvestre, valeriana selvagem, valeriana menor, erva de gato, erva de são Jorge, ou erva de amassar. A planta conta com raízes divergentes e esbranquiçadas quase horizontais, além de uma haste oca e roliça e 6 pares de folhas opostas. Possui bastantes flores que podem ser brancas ou rosadas e são distribuídas em cachos. São usadas para fins medicinais as raízes e os rizomas que devem ser coletados somente depois de dois ou três anos da data do plantio. A planta inteira deve ser arrancada, mas um rizoma permanece na terra para dar origem a outro pé.

A planta cresce principalmente em regiões úmidas, como margens de rios, por exemplo, sendo comum em regiões temperadas da Ásia, Europa e América do Norte.

Contém um cheiro desagradável, mas era usada como um perfume na Europa, durante o século XVI. Sua tintura vem sendo usada já há séculos por ser um excelente sedativo natural, induzindo ao sono.

Benefícios e propriedades da valeriana

A planta tem propriedades anticonvulsionantes, antiespasmódico, analgésico, sonífero, sedativo e tranquilizante, podendo ser usado também em crianças.

Como consumir

A valeriana deve ser armazenada em local ventilado e sem umidade, quando se trata dos rizomas e das raízes secos ao sol. Você pode colocar, por exemplo, dentro de sacos de papel ou de pano, desde que em local arejado, ao abrigo da luz solar e seco.

Imagem de planta valeriana

Foto: Depositphotos

Pode ser feito um chá com as raízes, conforme explicado abaixo:

Ingredientes:

– 1 colher de chá de raiz picada
– 1 xícara de chá de água

Modo de preparo:

Coloque a água em um recipiente e leve ao fogo. Enquanto aguarda que alcance a fervura, coloque as raízes em uma xícara e reserve. Coloque a água na xícara por cima das raízes e então tampe o recipiente, deixando a mistura descansar por um período de, aproximadamente, dez minutos. Depois disso, basta coar e consumir. O chá deve ser consumido morno e sem qualquer tipo de açúcar, mel ou adoçante, e a dose indicada é de três xícaras durante o dia.

Contraindicações e efeitos colaterais

O consumo é contraindicado para pacientes gestantes. Quando consumido por períodos longos ou em doses abusivas, pode causar vertigem, delírio, convulsões, torpor, alucinações, alergias na pele, excitação mental, mudanças na visão e na audição, dispepsias, cefaleia e agitação, podendo, inclusive, causar a morte por parada respiratória. Além disso, outro fator interessante é o estado emocional instável que pode induzir, p qual é conhecido como “valerianismo”.

A planta apresenta alguns efeitos colaterais, mas menos do que as drogas de controle positivo, a por exemplo do diazepam. Quando usado como hipnótico, pode causar um efeito semelhante à ressaca. Nos Estados Unidos, a planta ficou reconhecida como Geralmente Reconhecido como Seguro (Gras). A superdosagem já foi observada intencionalmente em um paciente que consumiu 20 vezes a dose recomendada. Nessa situação, os sintomas eram leves e passaram em 24 horas.