O alcaçuz é ótimo para eliminar micróbios no organismo, auxiliar no tratamento da diabetes e proteger o fígado de doenças.
Seu nome científico é Glycyrrhiza glabra e sua parte mais consumida são as raízes. Confira todas as propriedades dessa planta e qual a melhor forma de consumi-la abaixo.
Benefícios da planta alcaçuz
É anti-inflamatório
O alcaçuz é uma planta possuidora de substâncias que reduzem a inflamação no corpo.
Suas raízes desencadeiam o efeito antioxidante, capaz de combater radicais livres causadores da degradação celular. (1, 2)
Possui antioxidantes
O alcaçuz possui propriedades que combatem os danos oxidativos nas células, provocados pelos radicais livres.
Dessa forma, o seu consumo consegue prevenir várias doenças, como câncer, diabetes e hipertensão. (1, 3)
Alcaçuz ajuda na prevenção e tratamento da diabetes
Os extratos feitos a partir de alcaçuz possuem ação antidiabética. Esse benefício pode ser usado tanto na prevenção da doença quanto no seu tratamento. (1, 4)
IMPORTANTE! O alcaçuz pode ser usado como complemento do tratamento, mas só deve ser usado sob orientação médica.
Faz bem para o intestino
O extrato da Glycyrrhiza glabra também promove a saúde intestinal, evitando constipações e diarreias.
Isso acontece, principalmente, devido ao alto poder antioxidante e anti-inflamatório da raiz. (5)
Elimina bactérias e vírus
Essa planta possui ação antibacteriana e antiviral, ou seja, é um produto natural que ajuda a eliminar os micro-organismos nocivos presentes no corpo.
Além de prevenir doenças, isso melhora a imunidade e o funcionamento de diversos órgãos, como os rins, por exemplo. (1)
Esse efeito é tão potente no alcaçuz que seu consumo é indicado para tratar a tuberculose, doença bacteriana infecciosa que pode causar a morte. (6)
Combate a tosse
Um efeito peculiar do alcaçuz é o fato de que ele é antitussígeno, ou seja, combate a tosse. (7)
Além de ser eficiente contra a tosse, essa planta possui propriedades expectorantes, o que beneficia em caso de tosse com catarro.
Ajuda na prevenção e tratamento das úlceras
Há milênios o alcaçuz é usado para tratar problemas gástricos e a ciência comprovou a eficácia.
Seu uso é, inclusive, indicado para tratar tanto casos de úlcera gástrica quanto de úlcera duodenal. (7)
Protege o fígado
A raiz de alcaçuz é um alimento hepatoprotetor. Isto é, possui substâncias e propriedades medicinais importante para a proteção do fígado.
Este é um órgão vital do nosso corpo, e também um dos que mais trabalha. Ele é responsável por metabolizar toda a nossa alimentação.
Uma alimentação pouco saudável prejudica o fígado e é preciso consumir alimentos hepatoprotetores para ajudá-lo a se recuperar. (7)
Chá de alcaçuz: como fazer
A maneira mais conhecida e comum de consumir os benefícios dessa planta é através do chá feito com as raízes.
Ingredientes
- 1 xícara de água filtrada
- 1 colher (de chá) de raiz de alcaçuz em pó ou picada.
Modo de preparo
Em uma panela, ferva a água e desligue o fogo. Adicione o alcaçuz e tampe por 10 minutos. Coe e beba sem adoçar.
É importante não adoçar o chá, pois o açúcar anula alguns benefícios da bebida.
DICA! Uma xícara do chá por dia é suficiente para o corpo absorver os benefícios citados. E o horário mais recomendado é no lanche entre o café da manhã e o almoço.
Outras formas de consumir
O alcaçuz pode ser encontrado em pó, em cápsulas ou em extrato.
Geralmente estão disponíveis em lojas de produtos naturais ou farmácias, mas podem ser feitos em farmácias de manipulação.
- Alcaçuz em pó: pode ser usado na produção do chá, em sucos, vitaminas, com frutas, entre outros modos.
- Alcaçuz em cápsulas: os fabricantes recomendam tomar uma cápsula por dia, no horário indicado por um profissional da saúde.
Contraindicações e efeitos colaterais do alcaçuz
O alcaçuz não possui contraindicações, mas a recomendação é evitar o uso prolongado e exagerado da planta. (8)
O consumo exagerado pode estar relacionado com o risco de hipertensão e distúrbios relacionado a hipocalemia, que é a falta de potássio, um nutriente essencial para a saúde.
Por isso, consuma o alcaçuz de forma consciente e moderada e opte sempre pela avaliação e indicação de um especialista.
Referências
(1) Pastorino G, Cornara L, Soares S, Rodrigues F, Oliveira MBPP. Liquorice (Glycyrrhiza glabra): A phytochemical and pharmacological review. Phytother Res. 2018. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30117204. Acesso em: 02 de setembro de 2019.
(2) Yang R, Yuan BC, Ma YS, Zhou S, Liu Y. The anti-inflammatory activity of licorice, a widely used Chinese herb. Pharm Biol. 2017. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27650551. Acesso em: 02 de setembro de 2019.
(3) Aiello F, et al. From Vegetable Waste to New Agents for Potential Health Applications: Antioxidant Properties and Effects of Extracts, Fractions and Pinocembrin from Glycyrrhiza glabra L. Aerial Parts on Viability of Five Human Cancer Cell Lines. J Agric Food Chem. 2017. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28862446. Acesso em: 02 de setembro de 2019.
(4) Dastagir G, Rizvi MA. Review – Glycyrrhiza glabra L. (Liquorice). Pak J Pharm Sci. 2016. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27731836. Acesso em: 02 de setembro de 2019.
(5) Asha MK, Debraj D, Dethe S, Bhaskar A, Muruganantham N, Deepak M. Effect of Flavonoid-Rich Extract of Glycyrrhiza glabra on Gut-Friendly Microorganisms, Commercial Probiotic Preparations, and Digestive Enzymes. J Diet Suppl. 2017. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27588327. Acesso em: 02 de setembro de 2019.
(6) Gupta VK, et al. Antimicrobial potential of Glycyrrhiza glabra roots. J Ethnopharmacol. 2008. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18182260. Acesso em: 02 de setembro de 2019.
(7) SAXENA, Sanjai. Glycyrrhiza glabra: medicine over the millennium. 2005. Disponível em: http://nopr.niscair.res.in/bitstream/123456789/8122/1/NPR%204%285%29%20358-367.pdf. Acesso em: 02 de setembro de 2019.
(8) Nazari S, Rameshrad M, Hosseinzadeh H. Toxicological Effects of Glycyrrhiza glabra (Licorice): A Review. Phytother Res. 2017. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28833680. Acesso em: 02 de setembro de 2019.